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Orgulhosa, a musicista se volta para ler seu nome inscrito em destaque no cartaz do teatro: musume gidayu Takemoto Ayanosuke 娘義太夫彩之介竹本.

Em 1877, o governo Meiji 明治政府 aboliu a legislação de 1629 que proibia a participação de mulheres em eventos públicos. Assim, no início da década de 1880, artistas femininas de narrativas dramáticas cantadas gidayu passaram a se apresentar em discretos salões e teatros de Tóquio, performances conhecidas por musume gidayu 娘義太夫.

Takemoto Ayanosuke 彩之介竹本 (1875-1941) foi o principal expoente à frente da tradição do musume gidayu no final do século 19. Ayanosuke estreou nos palcos em 1886 e se retirou em 1899, aposentadoria compulsória por conta do matrimônio. Contudo, retomou as atividades anos depois, encerrando a carreira de fato em 1925. O apelo de Ayanosuke residia não somente no extraordinário talento, mas também na beleza arrebatadora. A imagem mostra a artista com os cabelos presos por fivelas, afinal recém deixou o palco e, apressada, embarca no riquixá.

Em destaque, os acessórios de palco necessários aos profissionais de gidayu: um suporte para partituras, uma xícara com água ou chá e um lenço, utilizado para limpar a transpiração no rosto e na testa.

Título: Gogo juichiji 午後十一時

Série: Mitate chuya nijuyo ji no uchi 見立昼夜廿四時之内 (1890)

Artista: Toyohara Kunichika 豊原国周 (1835-1900)

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