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Os 24 modelos de devoção filial

Atualizado: 27 de jul.


3 A DOR FANTASMA


a árvore prefere a inércia, mas o vento insiste em soprar

a pessoa quer ser boa aos pais, porém estes estão mortos


Durante a dinastia Zhou (771-256 a.C.) viveu o diligente estudante confucianista Zeng Shen. O pai falecera quando Shen era criança, e o rapaz era extremamente respeitoso e obediente à mãe. Todos os dias, embrenhava-se nas montanhas para cortar lenha enquanto a mãe costurava para fora. Ambos trabalhavam duro e assim conseguiam apenas o suficiente para garantir a sobrevivência.

Certa feita, como de costume, Shen partiu cedo para a labuta. Mais eis que uma visita, que havia percorrido uma longa e extenuante distância, apareceu de súbito e, sendo a família paupérrima, não havia forma de dar-lhe as boas-vindas apropriadas. Envergonhada, só restava à mãe desejar o pronto retorno do filho.

Que não aparecia. Ansiosa, a mulher inopinadamente mordeu o dedo e provocou uma ferida que porejou sangue. Nesse instante, Shen sentiu uma dor súbita e pungente no coração e logo a relacionou à mãe. Havia algo errado. Alçou o fardo de lenha às costas e disparou montanha abaixo.


o corte no dedo, um aguilhão no peito

alçou a lenha e acorreu para casa

laços indissociáveis de amor filial

o profundo vínculo entre cria e criadora

Imagem: Soshin 曽参

Série: Nijushiko doji kagami 二十四孝童子鑑 (1840)

Artista: Utagawa Kuniyoshi 歌川国芳 (1798-1861)


Imagem: Soshin 曽参

Série: Morokoshi nijushiko 唐土廾四孝 (1848)

Artista: Utagawa Kuniyoshi 歌川国芳 (1798-1861)

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