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Os 24 modelos de devoção filial

Atualizado: 27 de jul.


2 PROVAVA OS REMÉDIOS DA MÃE


a árvore prefere a inércia, mas o vento insiste em soprar

a pessoa quer ser boa aos pais, porém estes estão mortos


Aconteceu na dinastia Han Ocidental (206 a.C.-9 d.C.). Após a morte do patriarca fundador Liu Bang, o trono foi ocupado pelo terceiro filho, Han Wendi, o constante. Em sua regência, instaurou um governo austero devotado aos cidadãos, inspirando-os a se refinarem por meio da educação.

À época, os assuntos de Estado eram bastante complexos e demandavam grande quantidade de tempo. No entanto, eis que sua mãe foi acometida por uma grave doença e Han Wendi, tão logo resolvia os muitos assuntos inerentes ao cargo, deixava o gabinete para retornar aos aposentos maternos. Era tamanha sua devoção que, durante os três longos anos de convalescença, manteve-se incansável, sem jamais afrouxar a vigília, reclamar ou se ressentir.

Os cuidados do imperador abrangiam os mínimos detalhes. O regente permanecia ao lado do leito sem se permitir um simples cochilo, amiúde com as mesmas roupas dias a fio, receoso que algo acontecesse durante sua breve ausência. Tão logo os serviçais preparavam os remédios prescritos, Han Wendi os provava para se assegurar não estarem muito quentes ou descompensados na posologia, ministrando-os em seguida à mãe.

O imperador honrou sua alcunha de constante, sendo aplaudido pela população. Estabeleceu novos padrões de comportamento logo implementados pelos súditos, que passaram a respeitar os pais e tratá-los com carinho e dignidade.


benevolência e piedade dispersas pelo reino

líder admirável, sobrepujava cem monarcas

um triênio consagrado à mãe enferma

sabedor dos deveres, experimentava seus remédios


Imagem: Kan no Buntei 漢文帝

Série: Morokoshi nijushiko 唐土廾四孝 (1848)

Artista: Utagawa Kuniyoshi 歌川国芳 (1798-1861)

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