蛍の光、窓の雪、
書読む月日、重ねつゝ。
何時しか年も、すぎの戸を、
開けてぞ今朝は、別れ行く。
hotaru no hikari, mado no yuki
fumi yomu tsukihi, kasane tsutsu
itsushika toshi mo, sugi no to wo
aketezo kesa wa, wakare yuku
a luz dos pirilampos, o luar refletido na neve da janela
dias e meses dedicados ao estudo
de súbito, foram-se anos e uma fresta da porta se abriu
escancare-a e parta para a vida
Esta é a estrofe de uma canção tema de formaturas japonesas, cujos versos são inspirados nos dois chineses que venceram estudando em condições adversas.
O primeiro era Che Yin, um rapaz que adorava estudar, mas cuja família era tão pobre que não dispunha de recursos para sequer comprar óleo de lamparina. Assim, tão logo o sol se punha, o frustrado rapaz era obrigado a fechar os livros.
Em uma noite de verão, Che Yin estava no sereno quando percebeu uma pequenina luz oscilar diante dos olhos. Um vaga-lume. Num momento de epifania, apanhou dezenas de pirilampos e os colocou em uma sacola de seda. Um brilho indistinto bruxuleava, suficiente para tornar os ideogramas legíveis.
Em uma situação em que muitos desistiriam, Che Yin persistiu.
Problema similar enfrentou o jovem Sun Kang, porém, solucionou-o de forma distinta.
Era inverno e a neve se acumulava, transformando o cenário em uma completa brancura. Era noite e o pálido brilho da lua se refletia de forma sutil na neve. Caso o indivíduo suportasse o frio enregelante, seria capaz de discernir os ideogramas e estudar.
Foi o que Sun Kang fez.
Os esforços geraram frutos. Che Yin e Sun Kang se tornaram funcionários públicos de alta patente, com participação ativa na política do governo central. Eram muitos os que os invejavam, creditando seu sucesso à sorte.
Mal sabiam que a semente da vitória fora plantada anos antes.
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